O Tao - O que os cristãos devem aprender sobre a verdadeira intimidade

Por Dave

Introdução

Refletindo sobre nossa experiência com a convenção de Estilos de Vida e sobre as reações de muitos que nos escreveram, senti o desejo de explorar mais profundamente a intimidade e sugerir mais ideias sobre ela e os relacionamentos amorosos de polifidelidade de longo prazo que possam ir além da mentalidade padrão de "swing". Temos uma extensa pesquisa apoiando a não-monogamia bíblica responsável, mas queremos compartilhar mais ideias sobre intimidade. Nosso relatório "Tantra Cristão" mostrou maravilhosas abordagens orientais do Tantra que integram o espírito e a sexualidade. Neste artigo, expandirei essas ideias e discutirei o Tao.

Motivando-me ainda mais nessa direção, vivi uma experiência com um casal em que a esposa experimentou meu Sybian. Depois, com o encorajamento do marido, compartilhei sexualmente com ela. Nós três conversamos muito sobre isso durante o ocorrido. O marido demonstrou interesse em aprender a ser um amante mais sensível e gentil. Sua esposa acrescentou: "para ele, 'preparar, apontar, fogo!' é o que são preliminares" e ele concordou. Portanto, minha ideia é que os homens se preparem e, talvez, juntos, possamos aprender mais sobre a intimidade amorosa que torna o sexo muito mais emocionalmente satisfatório, não apenas um ato físico de estímulo.

O Tao não é uma religião

O símbolo do Tao é a água - indicando sua benevolência, flexibilidade e falta de formalidade. Ele flui em oposição à maioria das religiões, cheias de rituais e dogmas. O Tao refere-se ao chinês Tao Te Ching, escrito há 2500 anos.

O primeiro ensinamento do Tao é o amor universal. Para amar, é necessário ser amado. A contrapartida no cristianismo é o ensinamento de primeiro amar a Deus, depois a si mesmo e depois aos outros. Você não pode amar completamente os outros até que você se ame primeiro. O Tao ensina que você não pode amar a si mesmo a menos que tenha experimentado o amor dos outros.

O Tao diz respeito a técnicas e atitudes de amor que resultam em felicidade máxima. A felicidade não tem nada a ver com riqueza material, pois nossa paz interior é o resultado do amor universal. Invariavelmente, as pessoas mais felizes são aquelas mais amadas por seus companheiros, amigos e conhecidos; as mais infelizes são sempre as mais solitárias. A conclusão do Tao é que a harmonia entre o Yin e o Yang (energia masculina e feminina) é essencial para o bem-estar e a felicidade de todos nós.

Maneiras práticas de maximizar o amor

Muitas das técnicas do Tao são semelhantes àquelas sobre as quais escrevemos anteriormente. Veja "Entrando em contato com a intimidade em uma cultura sexualmente imatura" e "Tantra Cristão", bem como discussões anteriores dos Workshops de Stan Dale, que são exemplos maravilhosos dos ensinamentos do Tao sobre a intimidade amorosa.

Mulher selvagem/Homem fraco

A partir do momento em que a mulher atinge a puberdade até sua morte, na velhice, ela está pronta para a ação e é capaz de receber sexualmente o homem. Em contrapartida, a maioria dos homens tem uma capacidade muito menor. Os sexos, então, seriam irremediavelmente incompatíveis? Não se desespere. O Tao pode ajudar.

Para piorar as coisas, muitas mulheres são reprimidas em sua sexualidade natural por desejarem intimidade intensa enquanto até mesmo homens mais jovens não conseguem durar o bastante para agradá-las plenamente. Se estabelecem uma relação com um homem que combina paixão, intimidade e sexo, poderão se frustrar com o companheiro. Isso porque praticamente todos os homens com mais de 40 anos terão dificuldades para manter a ereção o tempo todo, o que é outro ponto de frustração para homens e mulheres. O Tao ensina maneiras práticas de superar isso, incluindo técnicas previamente discutidas e o ensinamento da "entrada suave".

Julie e Thomas - Amantes típicos

Julie tem um apetite sexual saudável e desinibido que costumava amedrontar possíveis parceiros. Ela superou sua falsa educação religiosa baseada na vergonha e experimentou o pleno entendimento da sexualidade dada por Deus às mulheres, que é natural e maravilhosa. De acordo com o Tao, isso representa uma manifestação do desejo inato da mulher pela harmonia do Yin e do Yang. Para Julie, a dor da fome de amor era infinitamente mais excruciante do que a fome de comida. Um homem conhecedor do Tao acolheria essa mulher de braços abertos. Infelizmente, poucos homens hoje sabem como isso pode e deve ser feito.

Antes de ler o Tao, Julie e seu amante Thomas, como a maioria das pessoas, mediram a satisfação masculina e feminina em termos de orgasmos e ejaculações. Quando um relacionamento é baseado em uma base tão duvidosa quanto essa, é difícil alcançar a verdadeira satisfação. Como regra geral, nenhum dos parceiros chega ao estado sagrado de verdadeira harmonia pela via convencional da ejaculação compulsória do homem. Isso porque quando um homem faz amor da maneira convencional, ele geralmente deixa sua parceira insatisfeita, ainda desejando mais amor depois de sua ejaculação, mesmo ele estando definitivamente realizado por hora. É claro que algumas mulheres fingem estar satisfeitas para agradar ao homem, mas isso nunca resolve o problema. Isso só aumenta a tensão e o ressentimento.

Nenhum homem sensível pode realmente ficar satisfeito em fazer amor quando sua parceira não está. Por isso, o homem geralmente se encontra em uma posição delicada e difícil depois da ejaculação. Ele quer ajudar, mas não pode. Ele não é diferente de um soldado em um combate intenso ​que, de repente, percebe que usou toda a sua munição.

Em uma situação tão embaraçosa quanto essa, um sexologista convencional aconselharia o "afterplay", que implica principalmente na estimulação da mulher com os dedos. Tal estímulo impõe pelo menos três problemas. Primeiro, não é tão fácil assim usar os dedos para satisfazer uma mulher. Pode ser, inclusive, tão difícil quanto tocar um instrumento musical. Segundo, muitas mulheres não gostam que seus clitóris e vulvas sejam manipulados com os dedos. Terceiro, o excesso de estímulo com os dedos pode ser cansativo para ambos os parceiros e nenhuma relação ideal pode ser mantida dessa maneira por muito tempo. Alguns sexólogos consolam seus clientes dizendo que os dedos podem ser ainda melhores que os órgãos sexuais. Isso pode até ser verdade, mas somente se alguém não aprendeu a usar os órgãos sexuais para obter o prazer absoluto!

Julie e Thomas descobriram, depois de experimentar com o Tao, que o segredo do amor não está apenas em aprender a usar com propriedade seus órgãos sexuais. A verdadeira felicidade no amor depende principalmente de uma fusão bem-sucedida de dois corpos e espíritos em um só - a harmonia do Yin e do Yang.

Antes de aprender sobre o Tao, Julie acreditava que a satisfação amorosa de uma mulher dependia de orgasmos. Quanto mais numerosos e mais intensos os orgasmos, mais a mulher estaria satisfeita.

As coisas começaram a mudar drasticamente assim que eles começaram a experimentar com o Tao. Primeiro de tudo, Julie notou que Thomas poderia fazer amor com ela quase que diariamente - muitas vezes, diariamente. Então, ela percebeu que não estava tão desesperadamente faminta de amor quanto antes e, finalmente, notou que a satisfação amorosa não poderia ser diretamente relacionada ao orgasmo. O que ela acredita agora é que é bom ter orgasmos às vezes, mas que o prazer mais importante e satisfatório de todos é a fusão de dois corpos e espíritos com a maior frequência possível. Julie diz que antes de aprender sobre as técnicas do Tao, fazer amor poderia ser chamado apenas de "sexo", mas que agora ela pode realmente chamá-lo de "amor".

O parceiro amoroso de Julie, Thomas, também descobriu algo novo e interessante. Como a maioria dos outros homens, antes do Tao, ele sempre considerou a ejaculação e o orgasmo masculino como uma única coisa. Agora, ele não acredita mais nisso. Antes do Tao, cada relação amorosa era tensa, sabendo que ele provavelmente não seria capaz de satisfazer Julie antes de gozar. Thomas tinha trinta e sete anos e não era mais capaz de ter ereções em todas as ocasiões, como quando tinha vinte e poucos anos. Como Julie, ele também descobriu que a fusão de dois corpos e almas e a harmonia do Yin e do Yang são as maiores alegrias da vida. Em comparação com essa grande alegria, a sensação espasmódica da ejaculação não significa nada.

Em busca do orgasmo

Muitas mulheres admitem confidencialmente que nunca tiveram orgasmo, mas que gostam muito de fazer amor mesmo assim. Muitas outras não têm orgasmos, mas fingem tê-los. Outras ainda o atingem facilmente, mas não se sentem realmente satisfeitas. E ainda outras não se importam se o atingem ou não, desde que façam sexo o bastante e com muitas variações. O problema é que alguns homens fazem com que as mulheres se sintam anormais se não tiverem um orgasmo todas as vezes que fizessem amor. Não é exagero nenhum dizer que a "busca do orgasmo" não beneficia nem mulheres nem homens. Vamos prestar menos atenção nele e mais nos ensinamentos do Tao sobre um amor mais gratificante.

Muitas mulheres podem desfrutar de seus orgasmos como bônus sempre que eles aparecerem. Para a maioria dos homens, no entanto, a situação é bem diferente. Os homens devem aprender a controlar a ejaculação, pois sempre que uma ejaculação chega para eles, ela encerra temporariamente a troca sexual. O homem deve ejacular apenas quando ambos os parceiros sentirem que é hora de fazer uma pausa. Existem muitas maneiras de controlar a ejaculação masculina ensinadas pelo Tao.

O mito da monogamia

Somos monogâmicos por natureza? Nada disso. Em um ensaio chamado "Poliginia e poliandria", George Bernard Shaw divulga a teoria de que nossa natureza monogâmica foi um mito inventado por homens inferiores e inseguros. Instintivamente, as mulheres procuravam as sementes dos homens mais fortes e capazes para impregná-las para que produzissem os melhores filhos. Se uma mulher tivesse que escolher entre a monogamia com um homem de segunda categoria ou um relacionamento compartilhado com um de primeira, ela escolheria o relacionamento compartilhado. Homens de segunda e terceira categoria criaram a lei da monogamia para que não ficassem sem mulheres.

Parece claro que a monogamia não é a relação histórica usual nem a norma entre outros animais. O Tao foi escrito em uma cultura onde nem homens nem mulheres eram monogâmicos. E somente nessa atmosfera livre os taoístas foram capazes de formular o Tao do Amor para equalizar a disparidade na capacidade sexual entre homens e mulheres.

Mas isso mudou drasticamente quando os confucionistas se tornaram politicamente dominantes por volta do começo do primeiro século d.C. Depois disso, as mulheres tornaram-se praticamente propriedade dos homens, perderam a liberdade de escolha. Mas sempre que uma mulher podia escolher, ela quase sempre escolhia ser poligâmica.

A situação no Ocidente era mais ou menos a mesma. Cleópatra foi um excelente exemplo inicial de uma monarca poligâmica. Acredita-se que até mesmo a Rainha Virgem, Elizabeth I da Inglaterra, tenha desfrutado de muitos homens em sua vida. Catarina, a Grande da Rússia, era ainda mais famosa por seu gosto por diversos homens.

Nos tempos modernos, a situação não mudou muito. Sempre que uma mulher tem poder ou riqueza, ela faz exatamente como os homens: torna-se poligâmica se tiver essa inclinação ou poligâmica em sucessão, como Barbara Hutton, que se casou e se divorciou seis vezes.

Todos os livros antigos do Tao enfatizam a importância vital da estimulação natural do sexo oposto e a suprema importância da variação - das mudanças nos parceiros sexuais. Se, em um casal, ambos têm direitos iguais de liberdade, "variação" não significará ciúme ou algo ruim. Como a maioria das pessoas é poligâmica, seja em suas mentes ou na realidade, seria inútil negar essa verdade.

Muitas pessoas hoje suprimem essa necessidade natural de variação, o que resulta em muitas pessoas mentalmente e fisicamente insalubres. Sublimar esse desejo natural geralmente resulta em comer, beber ou fumar excessivamente ou em outras formas de autodestruição.

Ironicamente, esse desperdício trágico, esse sofrimento humano desnecessário causado pela fome de amor, foi completamente criado pelo homem. Em quase todos os lugares do planeta, objetos de amor e sexo - homens e mulheres - estão em ampla oferta, especialmente porque o amor é uma coisa muito incomum, pois quanto mais damos e consumimos, mais teremos. Se pudéssemos apenas nos libertar da atitude de que as pessoas são propriedades ou bens privados (como as mulheres eram nos tempos bíblicos), ninguém teria que sofrer com essa terrível fome de amor. Para os homens, os relacionamentos abertos demonstram coragem. Você será recompensado se tratar sua ou suas amantes com liberdade. Uma mulher vai amá-lo mais e preferir você muito mais àqueles que a consideram propriedade privada ou prisioneira.

No popular livro The Collector, de John Fowles, um colecionador de borboletas encontra uma bela jovem e decide tratá-la como faria com uma borboleta selvagem. Ele a mantém trancada no porão de uma casa velha. De sua própria maneira louca, ele talvez se considere apaixonado, mas ela logo morre no cativeiro. Os seres humanos não podem ser tratados como propriedade. O amor só pode crescer e prosperar em uma atmosfera de harmonia, igualdade e liberdade.

O Tao conclui: o casamento é uma instituição boa se for mantido flexível e aberto. As pessoas, é claro, são todas diferentes umas das outras. Algumas florescem gloriosamente na monogamia, no entanto, outras só prosperam em relacionamentos mais livres. Uma sociedade verdadeiramente livre deve ser capaz de acomodar todos os padrões de vida e apoiar estilos de vida alternativos.

François Mauriac, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1952, certa vez descreveu-se como uma combinação do melhor de todas as mulheres de sua vida. Essa descrição pode ter vindo do coração de um taoísta. Todos nós, homens e mulheres, somos um mosaico formado pela soma de nossas experiências amorosas.

"O pré-requisito para um bom casamento é a licença para ser infiel" - Carl Jung

Satisfação amorosa: um direito humano garantido

Quando um homem domina o Tao, ele se torna facilmente o equivalente sexual de qualquer mulher. Se o conhecimento do Tao for amplamente disseminado, "o ingovernável desejo sexual cíclico das mulheres" será facilmente satisfeito e não haverá mais necessidade de controlar ou reprimir esse impulso. As mulheres que estão completamente satisfeitas no amor são os cidadãos mais pacíficos, positivos e construtivos do mundo! Somente quando isso for alcançado - quando a maior parte da população do mundo for transformada - poderemos ver uma esperança tangível para um mundo ideal!

Prisioneiro do sexo libertado

Prisoner of Sex, de Norman Mailer, deixa muitos leitores com um gosto amargo de ódio e hostilidade entre os sexos. Tanta energia, tanto amor jogado fora!

Quem é o prisioneiro? Ninguém precisa ser! Amor e sexo devem ser nossos melhores amigos, melhores até que comida, sono ou inteligência. Estamos todos ligados às nossas três refeições diárias, quase um terço das nossas vidas acontece durante o sono e alguns de nós dedicamos a maior parte de nossa vida ao aprendizado. No entanto, poucos reclamam que somos prisioneiros dessas coisas!

Ninguém é prisioneiro do sexo. E os prazeres do amor e do sexo são para todos nós. Eles são a nossa graça natural. Quando a guerra entre os sexos finalmente acabar, a paz resultante se espalhará por todas as classes, nações e raças. Será um passo quase automático para o mundo ideal com o qual sonhamos!

Este artigo baseia-se e faz uso extensivo do material de "The Tao Of The Loving Couple - True Liberation through the Tao", de Golan Chang. O Sr. Chang é um especialista em sexologia chinesa e universal de renome mundial.